O intestino, um órgão vital, desempenha um papel importantíssimo em nosso bem-estar geral, muitas vezes negligenciado. Mais do que um mero sistema digestivo, ele é considerado nosso “segundo cérebro”, abrigando um complexo sistema de neurônios e microrganismos que influenciam a digestão, na imunidade e até mesmo o humor, devido à sua conexão cerebral eprodução de neurotransmissores. Manter a saúde intestinal é fundamental para uma vida plena e livre de distúrbios que afetam a qualidade de vida.
Com base em dados do DataSUS, a Sociedade Brasileira de Coloproctologia (SBCP) analisou as taxas de incidência e prevalência das doenças inflamatórias intestinais no Brasil de 2012 a 2020. Foram analisadas informações de 212.026 pacientes de ambos os sexos, sendo 140.705 com doença de Crohn e 92.326 com retocolite ulcerativa3. A incidência, ou seja, o registro de novos casos, subiu de 9,41 por 100 mil habitantes em 2012 para 9,57 por 100 mil habitantes em 2020, uma variação anual média de 0,80% .
A prevalência, que é a soma dos casos, passou de 30,01 por 100 mil habitantes para 100,13 por 100 mil habitantes no mesmo período, uma variação média de 14,87% por ano.
O gráfico ilustra a incidência e prevalência das doenças inflamatórias intestinais no Brasil de 2012 a 2020, com base nos dados fornecidos pela Sociedade Brasileira de Coloproctologia (SBCP). Observa-se um aumento gradual tanto na incidência quanto na prevalência dessas condições ao longo do período analisado.
Nos Estados Unidos, as estatísticas sobre doenças digestivas oferecem uma visão detalhada das condições específicas. Por exemplo, em 1998, a prevalência da Síndrome do Intestino Irritável foi estimada em 15,3 milhões de pessoas, enquanto a doença de Crohn e a colite ulcerativa afetavam 359.000 e 619.000 pessoas, respectivamente. As visitas ambulatoriais e hospitalizações relacionadas a essas condições digestivas também foram significativas, sublinhando a extensão com que essas doenças impactam os indivíduos e o sistema de saúde.
Essas estatísticas destacam a extensão global das doenças digestivas e a importância de abordagens eficazes para prevenção, diagnóstico e tratamento.
Compreendendo o Intestino:
O intestino é um órgão muscular longo e complexo que se divide em duas partes principais:
- Intestino delgado: Responsável pela absorção de nutrientes após a digestão.
- Intestino grosso: Responsável pela absorção de água e pela formação das fezes.
Outras 4 principais funções do intestino são a digestão, absorção de nutrientes, eliminação de resíduos e a barreira imunológica: Proteção contra patógenos e toxinas. Além de ser o lar de uma complexa e diversificada comunidade de micro-organismos conhecida como microbiota intestinal. Esta flora desempenha um papel crucial na saúde geral, influenciando desde a imunidade até a saúde mental. A Síndrome do Intestino Irritável (SII) é um exemplo comum de distúrbio intestinal que afeta milhões de pessoas. Seus sintomas podem incluir:
Dor abdominal, inchaço,gases, diarreia e constipação.
Doenças Intestinais: Síndrome do Intestino Irritável, Doença de Crohn e Colite Ulcerativa
As doenças intestinais são um grupo de condições que afetam o trato gastrointestinal. As três doenças mais comuns são a Síndrome do Intestino Irritável (SII), a Doença de Crohn e a Colite Ulcerativa.
Síndrome do Intestino Irritável (SII):
A SII é um distúrbio intestinal funcional que causa dor abdominal, inchaço, gases, diarréia e constipação. A causa da SII ainda não é totalmente compreendida, mas acredita-se que esteja relacionada a uma combinação de fatores genéticos, ambientais e desequilíbrio da microbiota intestinal. A SII é extremamente comum, sendo responsável por cerca de 30% de todos os encaminhamentos para os médicos gastroenterologistas.
O diagnóstico é principalmente clínico, baseado nos sintomas e na exclusão de outras doenças. A SII pode evoluir para outros transtornos gastrointestinais sintomáticos ou sobrepor-se a eles. Muitos pacientes com sintomas de SII não consultam o médico e não são diagnosticados formalmente.
O tratamento da SII pode incluir mudanças na dieta, como o aumento de fibras ou a eliminação de alimentos gatilhos, além de medicamentos para controlar a dor (antiespasmódicos, antidiarreicos) e terapia para manejo do estresse. (psicossocial, cognitivo-comportamental).
Doença de Crohn
A Doença de Crohn é uma doença inflamatória intestinal crônica que pode afetar qualquer parte do trato gastrointestinal, causando sintomas como dor abdominal, diarreia persistente (muitas vezes com sangue), febre e perda de peso. O diagnóstico é feito através de exames como colonoscopia, exames de sangue, e imagens. O tratamento envolve medicamentos para reduzir a inflamação, suprimir o sistema imunológico, antibióticos, e em casos severos, cirurgia para remover partes danificadas do intestino.
Colite Ulcerativa
A Colite Ulcerativa é limitada ao cólon e reto, caracterizando-se pela inflamação e ulceração da camada interna do cólon, levando a sintomas como diarreia sanguinolenta, urgência em defecar e dor abdominal. O diagnóstico é confirmado por meio de colonoscopia com biópsia. O tratamento inclui medicamentos anti-inflamatórios, corticosteróides, imunossupressores e, em casos graves, cirurgia para remover o cólon.
Quais as causas mais comuns de Distúrbios Intestinais?
Além das doenças intestinais específicas, como SII, Doença de Crohn e Colite Ulcerativa, diversos outros fatores podem contribuir para o surgimento de distúrbios intestinais como Dieta inadequada, Estresse, Infecções e Medicamentos:Dieta inadequada:
- Falta de fibras: As fibras são essenciais para a saúde intestinal, pois promovem a regularidade do intestino e a saúde da microbiota.
- Excesso de alimentos processados e industrializados: Esses alimentos geralmente são ricos em gorduras saturadas, açúcares e conservantes que podem irritar o intestino e contribuir para a disbiose.
- Consumo excessivo de álcool e cafeína: O álcool e a cafeína podem ter um efeito irritante no intestino e alterar a motilidade intestinal.
Estresse:
O estresse é uma resposta natural do corpo a situações desafiadoras. No entanto, o estresse crônico pode ter um impacto negativo na saúde intestinal, incluindo:
- Alteração da motilidade intestinal: O estresse pode aumentar a contração muscular intestinal, levando à diarreia, ou diminuir a motilidade, causando constipação.
- Aumento da permeabilidade intestinal: O estresse pode aumentar a permeabilidade da parede intestinal, permitindo que toxinas e patógenos entrem no sangue e contribuam para a inflamação.
- Alteração da microbiota intestinal: O estresse pode alterar a composição da microbiota intestinal, levando a um desequilíbrio entre as bactérias benéficas e patogênicas.
Infecções:
As infecções intestinais causadas por vírus, bactérias ou parasitas podem levar a diversos distúrbios intestinais, como:
- Diarreia: É a forma mais comum de distúrbio intestinal causado por infecções.
- Vômito: Pode ocorrer em conjunto com a diarreia, especialmente em casos de gastroenterite.
- Dor abdominal: A dor pode variar em intensidade e localização, dependendo da causa da infecção.
- Febre: É um sintoma comum de infecções, especialmente bacterianas.
Medicamentos:
O uso de alguns medicamentos, como antibióticos, antiácidos e alguns analgésicos, pode alterar a microbiota intestinal e contribuir para o desenvolvimento de distúrbios intestinais.
A compreensão das diversas causas de distúrbios intestinais é fundamental para o diagnóstico e tratamento adequados. Uma abordagem abrangente que considera fatores dietéticos, estresse, infecções e uso de medicamentos é essencial para promover a saúde intestinal e prevenir distúrbios.
Quais os sintomas mais comuns de distúrbios no intestino?
Quando se trata de distúrbios intestinais, nosso corpo tem uma maneira única de nos enviar sinais de alerta. Entre os sintomas mais comuns, a dor abdominal se destaca como um aviso claro de que algo não está bem. Alterações no ritmo intestinal, como diarréia, constipação, ou uma alternância desconcertante entre os dois, também são indicativos frequentes. O inchaço e os gases, desconfortáveis companheiros, podem fazer com que o dia a dia se torne uma luta constante. Além disso, a presença de muco ou sangue nas fezes sinaliza uma necessidade urgente de atenção médica.
Mas os sintomas não param por aí. Náuseas e vômitos, embora possam ser confundidos com problemas mais simples, quando persistentes, apontam para questões mais profundas no intestino. A perda de peso inexplicada e a fadiga, frequentemente negligenciadas, são sintomas sorrateiros que podem indicar uma condição subjacente séria. Juntos, esses sinais formam um mosaico de alertas que nosso corpo nos envia, implorando por cuidados e um olhar mais atento à nossa saúde intestinal.
Como funciona o Diagnóstico?
Os métodos de diagnósticos consistem primeiro em uma avaliação médica que está acessível imediatamente após adquirir o plano na Conectvida. Você passa por uma triagem com clínico que pode requerer exames e encaminhamento para o Gastro ou nutricionista.
- Histórico médico e exame físico: Avaliação dos sintomas e histórico de saúde.
- Exames de sangue: Verificação de anemia, infecções ou outras condições.
- Exames de fezes: Análise de sangue oculto, parasitas ou outros patógenos.
- Exames de imagem: Colonoscopia, tomografia computadorizada ou raio-X.
Quais os tratamentos disponíveis para doenças do intestino?
- Medicamentos: Antidiarreicos, antiespasmódicos, antibióticos (para infecções) e antidepressivos (no caso da SII).
- Mudanças na dieta: Aumento da ingestão de fibras, probióticos e prebióticos, redução de alimentos processados e irritantes.
- Terapias complementares: Acupuntura, yoga, meditação e probióticos.
Qual a Importância da Nutrição no tratamento
de doenças do intestino?
A importância da nutrição no tratamento de doenças do intestino é significativa, uma vez que a dieta pode influenciar diretamente a saúde gastrointestinal. Alimentos ricos em fibras, como frutas, legumes, verduras, grãos integrais e leguminosas, ajudam na regulação do trânsito intestinal e na prevenção de constipações, contribuindo para a saúde do intestino. Probióticos, encontrados em iogurte natural, kefir, kombucha e alimentos fermentados, introduzem bactérias benéficas ao sistema digestivo, auxiliando no equilíbrio da flora intestinal. Prebióticos, presentes em frutas, legumes, verduras e grãos integrais, servem de alimento para essas bactérias benéficas, promovendo um ambiente intestinal saudável. Além disso, uma hidratação adequada, obtida ao beber bastante água ao longo do dia, é essencial para manter a função intestinal regular e evitar a desidratação, comum em algumas doenças intestinais. Assim, uma abordagem nutricional cuidadosa é fundamental para o tratamento e a manutenção da saúde intestinal.
Qual a importância do tratamento Psicológico e apoio Emocional?
Problemas intestinais podem ter relação com o bem-estar emocional, ansiedade, depressão e isolamento social podem aumentar crises devido ao intestino ser considerado o “segundo cérebro” e estar associado a questões emocionais. É importante buscar apoio emocional de amigos, familiares e principalmente profissionais de saúde mental. Na Conectvida o plano de Psicologia com 4 atendimentos é de 119,00! Clique aqui e Assine Já!
Depoimento de paciente da Conectvida
“Eu sofro com a Sindrome do intestino irritável a cerca de 20 anos. Quando descobri os sintomas ainda era muito nova e por ser uma doença auto-imune não tive muitas opções de tratamento. Passei em uma consulta com uma doutora na conectividade. Foi muito fácil o acosso a plataforma, e após a consulta recebi a receita de um medicamento que fez efeito instantâneo, aliviando muito as dores que sempre senti. Minha melhora foi rápida e agora já estou com exames e encaminhamento da doutora para especialistas na area de gastro, nutrição e urologista. Gostei muito e recomendo! “ Laura, 32 – Salvador – BA
A saúde intestinal é fundamental para o bem-estar geral. Ao compreender o funcionamento do intestino, suas causas de distúrbios e os métodos de tratamento, podemos tomar medidas para prevenir e gerenciar problemas intestinais e viver uma vida mais saudável e plena. Não deixe sua saúde para depois, a prevenção é o melhor método!
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